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Roteiro de Aula – Modelos Preditivos e Ágeis

1. Introdução aos Processos de Engenharia de Requisitos

2. Modelos Preditivos

Vantagens

Limitações

Exemplos: Modelo Cascata (Waterfall), RUP (Rational Unified Process).

3. Modelos Ágeis

O Manifesto Ágil

O Manifesto Ágil (2001) apresenta quatro valores principais:

  1. Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas
  2. Software em funcionamento mais que documentação abrangente
  3. Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos
  4. Responder a mudanças mais que seguir um plano

Esses valores orientam práticas como user stories, backlog, sprints e retrospectivas.

Como construir User Stories

Critérios de Aceitação e o Modelo Gherkin

Os critérios de aceitação definem quando uma user story pode ser considerada concluída.
Uma forma comum de descrevê-los é usando o modelo Gherkin, que ajuda a estruturar cenários de forma clara e testável.

Estrutura Gherkin:

Exemplo (User Story de Login):

Como usuário, quero fazer login com e-mail e senha, para acessar minha conta com segurança.

Critérios de aceitação (Gherkin):

Checklist INVEST para User Stories

Use o INVEST como checklist durante o refinement e antes de levar a história para a sprint.

Exemplo Completo de User Story

Vamos aplicar o checklist INVEST em um exemplo prático de sistema acadêmico.

User Story:

Como aluno, quero visualizar minhas notas no portal acadêmico, para acompanhar meu desempenho.

Critérios de Aceitação:

  1. O sistema deve exibir todas as disciplinas matriculadas no semestre atual.
  2. Para cada disciplina, deve mostrar as notas parciais e a nota final.
  3. Se o professor ainda não tiver lançado notas, deve aparecer a mensagem “Notas em lançamento”.
  4. O tempo de carregamento da tela deve ser inferior a 3 segundos.

Análise segundo INVEST:

Da Especificação Tradicional para User Stories

Uma dúvida comum é como transformar requisitos funcionais, não funcionais e de domínio (modelos preditivos) em user stories e critérios de aceitação (modelos ágeis).
Veja exemplos comparativos:

Tipo de Requisito (Tradicional) Exemplo (Preditivo) User Story (Ágil) Critérios de Aceitação
Funcional “O sistema deve permitir login com e-mail e senha.” “Como usuário, quero fazer login com e-mail e senha, para acessar minha conta com segurança.” - O usuário deve informar e-mail e senha válidos.
- Caso os dados estejam incorretos, mostrar mensagem de erro.
Não Funcional “A tela de login deve carregar em menos de 2 segundos.” Integrado à User Story de login como critério de aceitação. - O tempo de resposta deve ser < 2 segundos em 95% das tentativas.
De Domínio “Máx. 5 empréstimos por usuário (política da biblioteca)” “Como bibliotecário, quero que o sistema aplique o limite de 5 empréstimos por usuário, para cumprir a política da biblioteca.” Bloquear acima do limite; informar quantos empréstimos restam; registrar tentativa no histórico.

Observação Didática

Essa transição ajuda a conectar a documentação tradicional (ERS) com práticas ágeis, permitindo que alunos entendam como os mesmos requisitos podem ser representados em diferentes abordagens.


Vantagens

Limitações

Exemplos: Scrum, Kanban, Extreme Programming (XP).

4. Comparação entre os Modelos

Aspecto Preditivo Ágil
Levantamento Completo, no início do projeto Contínuo, ao longo do projeto
Documentação Extensa e detalhada Leve, apenas o necessário
Flexibilidade Baixa Alta
Entregas Produto ao final Incrementos frequentes
Participação do cliente Pontual, em revisões Constante, em cada iteração

Foco de cada abordagem

5. Estudo de Caso – Sistema de Agendamento Médico

6. Exercício em Sala – Da Especificação Tradicional para User Stories

Parte 1 – Transformar requisitos preditivos em user stories

  1. Elaborem uma mini documentação preditiva com 3 requisitos:
    • 1 Requisito Funcional (RF)
    • 1 Requisito Não Funcional (RNF)
    • 1 Requisito de Domínio (RD)
  2. Transformem 2 desses requisitos (preferencialmente 1 RF + 1 RD) em user stories completas, com critérios de aceitação.
  3. Apliquem o checklist INVEST a cada story e registrem brevemente os pontos atendidos.

Modelo de user story (Connextra):

Como [tipo de usuário], quero [funcionalidade], para [benefício/valor].

Modelo de critérios de aceitação (Gherkin – opcional):

Exemplo rápido (agendamento médico):


Parte 2 – Criar uma user story do zero

  1. Identifiquem uma dor real do usuário no sistema escolhido.
  2. Escrevam 1 nova user story original (não derivada dos requisitos da Parte 1), com 3–5 critérios de aceitação.
  3. Apliquem o INVEST e registrem a avaliação (2–3 linhas).

Papéis sugeridos no grupo

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